sábado, 11 de junho de 2011

SIMBOLISMO DA ASTRONOMIA DO TEMPLO

Os templos derivados do de Salomão regem-se pelas mesmas leis universais: assim como na Natureza, há espaço para toda a dualidade imaginada ou existente, uma vez que tudo está sujeito à regra da busca pelo equilíbrio, da busca pela harmonia: o frio e o calor, o fraco e o forte, o bem e o mau, a vida e a morte.

Mas por que os templos dispõem-se neste sentido Leste-Oeste? De AROLA uma explicação:

“As absides das igrejas românicas orientam-se para o leste, a saída do sol, assim correspondendo ao signo zodiacal de Áries, isto é, ao equinócio da primavera, quando o gelo se dilui e a vida reaparece no mundo, a rosa de cinco pétalas se abre, manifestando o retorno do Espírito de Deus sobre a terra. (…) Quando o fiel entra na igreja, usa a porta orientada para oeste, onde fica o signo de Libra, que representa o início do frio, do  complemento da vida. Assim, ao entrar, ele viaja em direção ao leste, isto é, em direção à origem do mundo, do Criador, da vida”

O eixo terrestre é uma linha imaginária que une o Pólo Norte ao Pólo Sul, projetando-se até a estrela Polar (na constelação de Ursa Menor) e ao Cruzeiro do Sul, respectivamente. Assim, aqueles que estão no Hemisfério Norte norteiam-se pela Polar, enquanto que os que estão no Hemisfério Sul orientam-se pelo
Cruzeiro do Sul.

A palavra, por exemplo, que circula em sentido horário dentro da Sala Conventual: ela nasce no Oriente, na primavera, corre pela juventude do Sul, passa pela frio do Oriente, percorre o Norte, e caminha novamente para o Leste, o gênesis, onde tudo acaba e tudo começa. São as estações do ano, o ciclo da vida.
Ela é ignorante e sábia, viva e morta, clara e escura.

“Os antigos navegantes europeus que se dirigiam ao equador observavam que essa região era mais quente que as regiões européias. E a definiram com as palavras Sudh, Sunno, Sonne (que em diferentes idiomas significam sol ou calor). Daí surgiu sul (…)”