quarta-feira, 27 de abril de 2011

A ASTRONOMIA DO TEMPLO

Privilegiados aqueles que podem ou puderam um dia deitar-se ao relento – seja para orar, refletir ou pesquisar – e contemplar a imensidão do céu estrelado, vislumbrando a insignificância de nossas vãs pretensões. Verdadeiro mundo em miniatura, o nosso templo também conta com a abóbada do universo no seu céu.
Os templos maçônicos são réplicas do famoso Templo de Salomão – construção cujo projeto é de autoria do próprio Altíssimo, o Grande Arquiteto do Universo. Consta que, quando a Arca da Aliança foi depositada no Templo de Jerusalém, o rei Salomão assim orou ao Homenageado: “(…) Eis que o céu e o céu dos céus não te podem conter quanto menos esta casa que tenho edificado” (2 Crônicas, 6:18; e 1 Reis, 8:27), o que leva-nos a imaginar possuírem, todos, a mesma fórmula divina.

A Astrologia crê na influência dos astros distribuídos pelo céu sobre nossas vidas. Seríamos nós, enquanto em nossas reuniões ou convocações, regidos pelos astros que descansam no teto do Templo? Talvez. Somos, certamente, orientados por seu simbolismo: é um céu que reflete nossos atos, gestos, pensamentos e palavras, mas que, principalmente, muito ensina através dos nossos rituais DeMolay e da Cavalaria.

Que tal deitarmos no chão do Templo?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Promoção: O Segredo do Meu Avô


O blog do Colégio Alumni está lançando a primeira promoção, com o apoio do irmão Fernando Becker. Vamos sortear o livro de sua autoria "O Segredo do Meu Avô"

Para participar, é simples:
- É necessário ser DeMolay do Capítulo Vale do Itajaí ou tio do Oriente de Blumenau.
- Você tem que ser seguidor do blog (se você ainda não é, clique no botão "seguir" na barra lateral direita) e preencher o cadastro no link "Rede de Negócios", clicando aqui.

Serão dois livros: Quem for sorteado ganha um exemplar e a nossa Biblioteca do Capítulo Vale do Itajaí ganha outro.



O sorteio será no dia 01 de junho de 2011, quarta-feira, às 21h, pelo sistema Random.org.

O nome do ganhador será divulgado aqui no blog.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O CONCÍLIO DE TROYES E APROVAÇÃO DA REGRA

Em janeiro de 1128, reunidos na cidade de Troyes, distante 55 quilômetros da abadia de Clairvaux, Mateus, bispo de Albano e núncio do papa, os arcebispos de Reins e Sens, dentre outros bispos, abades (dentre os quais Bernardo, de Clairvaux), e mestres, realizou-se o famoso Concílio de Troyes. Também estiveram presentes no Concílio, os seguintes templários28: Hugues de Payens, Roland, Godefroy, Geoffroi Bisot, Payen de Montdidier, e Archambaut de Saint-Amand.

Na ocasião, foi aprovada a jovem Ordem e apresentada sua Regra Primitiva (apelidada “Latina”) com 72 artigos, acrescidos de mais quatro em tradução francesa posterior. BURMAN salienta que, diante do crescente número de irmãos, a versão final da regra atingiu seus 686 artigos. Valendo-se de SILVA, que utilizou Henri de Curzon, destaca-se o Prólogo da Regra, onde São Bernardo critica o desvirtuamento dos cavaleiros de então,
incumbindo aos Templários o resgate da pureza inicial das Ordens de Cavalaria:

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O INÍCIO

A origem da Ordem dos Cavaleiros do Templo é diretamente vinculada à Primeira Cruzada (1095-09), quando uma legião de cristãos partiu da Europa para o Oriente com o intuito de recuperar o Santo Sepulcro das mãos dos muçulmanos, que o tinha sob seus domínios havia mais de quatrocentos anos.



Foi no Concílio de Clermont, em 1095, que o papa Urbano II convocou os fiéis para uma guerra santa contra o Islão, “É Deus que o quer”, “Ide sob a égide de Cristo”20. O papa teria recebido do imperador bizantino Aleixo I Comneno o pedido de ajuda militar contra os infiéis muçulmanos, contudo, muitos outros interesses, legítimos ou não, impulsionaram tanto primeira quantos as outras sete cruzadas, quais sejam, a possibilidade de saquear as cidades que eram tomadas no caminho, acumulando riquezas; de conquistar terras; ou de combater os odiados inimigos pagãos, etc.


Assim, partindo em 1096, e sob as lideranças de Roberto da Normandia, Godofredo de Bulhão, Balduíno da Flandres, Roberto II da Flandres, Raimundo de Tolosa, Boemundo de Tarento e Tancredo, os cruzados passaram “por Constantinopla, onde receberam o apoio do imperador bizantino, os cruzados sitiaram Nicéia; tomaram o Sultanato de Doriléia, na Ásia Menor; conquistaram Antioquia; e finalmente avançaram sobre Jerusalém, conquistada em 15 de julho
de 1099, depois de um cerco de cinco semanas.”

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O Templo e a Ordem dos Templários

Procurando vislumbrar “um pouco da história oculta dos Templários”, o Príncipe Asklépius D’SPARTA14, afirma que Hugo de Payns, Godofredo de Saint Omer e mais sete cavaleiros, teriam sido encarregados por Bernardo de ‘Claravaux’, um “grande iniciado”, para um trabalho arqueológico nas ruínas do Templo de Salomão a procura da Arca da Aliança, das Tábuas da Lei, do Santo Graal, e da grande biblioteca judaica, esta última contendo os “muito bem guardados segredos da arquitetura”.

Isso explicaria o notável avanço arquitetônico na construção de catedrais na Europa, entre 1130 e 1180, com a ascensão do estilo gótico, bem como a razão pela qual os Templários, em 1127, foram recebidos “com honras e glórias pelos reis e nobres”, e ainda pelo próprio Papa.
Mas como poderiam aqueles cavaleiros achar, depois de dois mil anos de destruições e pilhagens, a Arca da Aliança nas ruínas da Casa de Deus, se era justamente a principal peça do Templo construído, inclusive, para guardá-la?

Edward BURMAN, tratando da origem da Ordem do Templo, rechaça a hipótese de haver qualquer razão mística, “conspiração secreta – ou um conhecimento recém-descoberto”15 no episódio. Admite, entretanto, circunstâncias obscuras no surgimento da Ordem dos Templários: a decisão de fundar-se a Ordem teria sido tomada entre os anos de 1113 e 1115, quando Hugues de
Champagne, suserano leigo de Hugues de Payens e grande proprietário de terras na França do século XII, esteve no Oriente. Hugues de Champagne, doador das terras para a fundação da abadia de Claraval (ou Clairvaux16) para São Bernardo, teria se encontrado com Payens em 1113, três anos antes de uma provável visita deste à Terra Santa (1116). O autor reconhece que o papel de Hugues de Champagne na fundação da Ordem do Templo permanece pouco claro.