quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O CAMINHO DO CAVALEIRO II

No Sul, atingindo o Sol o meridiano e ardendo o verão da vida como ápice do calor, da luz, da matéria e da energia ativa (yang), é onde corre o Campo dos Pajens.  Na Cavalaria Medieval, o primeiro estágio (grau) em que o aprendiz ingressava era o de pajem, quando era posto à disposição de um suserano, para servi-lo quase que como um criado. No entanto, era justamente neste estado de servidão que aprendia suas primeiras lições das artes da cavalaria – manejo de armas, equitação, boas maneiras, etc. Assim, aprendia servindo, crescia observando as virtudes de um bom cavaleiro.



Como na vida, marcando os doces anos da juventude, o Campo dos Pajens significaria tempos da pureza e da leveza da irresponsabilidade.  Irresponsabilidade não significa, necessariamente, uma falha de conduta, uma falta, mas o reflexo da sua imaturidade: à medida que vivemos e vamos amadurecendo, aumenta a responsabilidade pelos nossos atos e diminui a tolerância sobre nossos erros.

O pajem desfruta da irresponsabilidade ante sua condição de educando – é-lhe permitido o erro como método de aprendizado. Ora, quando ingressamos na adolescência, tropeçamos na falta de experiência e
na insegurança, tornando-nos suscetíveis a alguns desvios. A Cavalaria, porém,  oferece um atento sentinela ao jovem – o Comendador Pajem, que além de concentrar as funções dos sete Preceptores dentro do Capítulo, apontando as Sete Virtudes como um caminho correto.